segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Hereditariedade: Os primeiros estudos

Você já deve ter se perguntado: Por que os filhos são parecidos com os pais? Por que gatos geram sempre gatinhos, e não cachorros, por exemplo?
A semelhança entre pais e filhos foi explicada de diversas maneiras.
Em 1750, alguns cientistas acreditavam na teoria da pré-formação, segundo a qual um pequeno indivíduo em miniatura estaria totalmente presente no esperma (para outros ele estaria no óvulo) e bastava apenas crescer e se desenvolver.
Em 1868, o famoso cientista inglês Charles Darwin (1809-1882) criador do principio da seleção natural, defendia a teoria da pangênese, pela qual os gametas eram formados por particulas provenientes de todas as partes do corpo.
Para alguns, não eram partículas, mas fluídos do corpo (como o sangue) que continham as características transmitidas. Ainda hoje há vetígios desse conceito em expressões como cavalo “puro-sangue” e indivíduos de “sangue azul”. Havia também as características paternas e maternas se misturavam nos filhos (teoria da herança misturada). Essas ideias se mantiveram por quase todo o século XIX.
Em 1866, trabalhando em um mosteiro na cidade de Brünn, na Áustria ( hoje Brno, na Republica Tcheca), Mendel publicou um trabalho sobre suas pesquisas em relação à hereditariedade. Esse trabalho não recebeu a devida atenção e permaneceu praticamente ignorado pela comunidade cientifica.
Em 1900, o alemão Carl E. Correns (1864-1933), o holandês Hugo de Vries (1848-1935) e o austríaco Erichh von Tschermark-Seysenegg (1871-1962), trabalhando de forma independente e desconhecendo as experiências de Mendel, descobriram as mesmas leis da hereditariedade. Quando consultaram a literatura especializada, verificaram que ele já tinha antecipado suas conclusões 34 anos antes.
                                      Gregor Mendel- por suas experiências, recebeu o titulo de “pai da Genética”.
Linhares, Sérgio; Biologia hoje, São Paulo:Ática, 2010,p.11.

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